Cogumelo alucinógeno
Os cogumelos alucinógenos (também cogumelos psicadélicos ou cogumelos psicodélicos ou ainda cogumelos mágicos ou Pink Floyd) são fungos com propriedades alucinógenas, utilizados por diversos povos em suas atividades culturais, bem como drogas recreativas, especialmente por jovens urbanos influenciados por diversos movimentos culturais.
É possível distinguir três grupos de cogumelos psicotrópicos[] :- aqueles com ação psicotônica que induzem psicoestimulação e alterações sensoriais moderadas. Incluem-se aqui sobretudo os amanitas mas também Boletus manicus ou o Boletus reayi utilizados pelos Kumas da Nova Guiné [2]
- aqueles com ação psicoléptica, com efeito essencialmente hipnótico, como os Lycoperdon.;
- aqueles com ação psicodisléptica ou cogumelos alucinógenos contendo psilocibina ou psilocina, incluindo mais de 190 espécies nos gêneros Agrocybe, Conocybe, Copelandia, Galerina, Gerronema, Gymnopilus, Hypholoma, Inocybe, Mycena, Panaeolus, Pluteus, Psilocybe e Weraroa.
No Brasil, nas décadas de 60 e 70, não era incomum ver jovens que buscavam determinada espécie destes cogumelos nos pastos dos estados do sul. Estes nasciam sobre o esterco do gado e eram colhidos para se fazer um chá: o "chá de cogumelos", que devido à psilocibina e psilocina fazia com que se "abrissem" mais um pouco as portas da percepção. Porém, quando ingerido em sua forma natural, ou com algum ingrediente a fim de modificar seu gosto forte, os efeitos se mostram mais intensos, já que a alta temperatura usada no "chá" destrói parte de seu potencial, deixando as moléculas de seu elemento ativo instáveis, contudo com o risco das reações adversas dessa combinação (há referências de mistura com leite condensado por alguns experimentadores de próprio risco). Os mais antigos textos sobre o seu uso na cultura asteca, compilados pelo padre Bernardino de Sahagún, referem-se a uma mistura do cogumelo teonanacatl com mel [3]. Além disso, quando ingerido na forma sólida, o efeito vem de forma mais vagarosa, dando tempo ao usuário para perceber melhor o que está acontecendo, dentro e fora de sua mente. Experimentos de universidades geralmente utilizam espécimes secas ou cápsulas de seu elemento ativo.
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